O que é a endometriose e por que ela impacta tanto o corpo?
A endometriose é uma doença inflamatória crônica, em que células semelhantes às do endométrio crescem fora do útero — no intestino, ovários, bexiga e outras regiões.
É uma condição que vai além da dor pélvica e da dificuldade para engravidar. Ela altera o metabolismo, afeta o sistema imunológico e além disso pode gerar fadiga, ansiedade, distúrbios intestinais e exaustão física e emocional.
Como o intestino entra nessa história?
Muitas mulheres com endometriose também apresentam:
- Distensão abdominal frequente
- Gases excessivos
- Constipação ou diarreia alternada
- Sensação de má digestão mesmo comendo pouco
- Diagnóstico associado de SII (Síndrome do Intestino Irritável)
Isso não é coincidência. A inflamação gerada pela endometriose pode atingir diretamente o intestino ou desorganizar sua microbiota, assim sendo afeta a absorção de nutrientes e piorando o quadro de dor e cansaço.
A tríade silenciosa: inflamação – disbiose – fadiga
Essa combinação funciona como um ciclo:
- A endometriose gera inflamação sistêmica
- Essa inflamação desorganiza o intestino e a microbiota
- O intestino desequilibrado reduz a absorção de nutrientes e aumenta toxinas
- O corpo entra em estado de alerta e fadiga constante
É por isso que alimentação e suplementação adequadas são fundamentais no tratamento da endometriose.
Alimentos para uma dieta anti-inflamatória a fim de ajudar a reduzir a inflamação e aliviar sintomas
✅ 1. Vegetais crucíferos (brócolis, couve, rúcula, agrião)
Ricos em compostos que ajudam na metilação do estrogênio, contribuindo assim para o equilíbrio hormonal.
✅ 2. Peixes ricos em ômega 3 (salmão, sardinha, cavalinha)
Anti-inflamatórios naturais, portanto reduzem dor e melhoram disposição.
✅ 3. Cúrcuma com pimenta-do-reino
Possui curcumina, um dos anti-inflamatórios naturais mais estudados, por isso, potencialize com gordura boa (azeite, abacate).
✅ 4. Frutas roxas (mirtilo, amora, uva roxa)
Ricas em antocianinas, que combatem o estresse oxidativo celular.
✅ 5. Abacate, azeite de oliva e sementes
Fontes de gordura boa e antioxidantes, ou seja, fundamentais para regulação do eixo hormonal e saciedade.
O que evitar em uma dieta anti-inflamatória?
- Leite e derivados (potencialmente inflamatórios e produtores de muco)
- Glúten em excesso (pode acentuar a permeabilidade intestinal)
- Açúcar refinado
- Alimentos ultraprocessados com aditivos químicos
- Frituras, embutidos, álcool e cafeína em excesso
E o intestino? Ele precisa de atenção especial.
Para tratar a endometriose com eficácia, é necessário:
- Restaurar a integridade da mucosa intestinal (com zinco, glutamina, prebióticos)
- Regular a microbiota com alimentos fermentados e probióticos adequados
- Melhorar o trânsito intestinal com fibras solúveis e boa hidratação
- Evitar alimentos que geram fermentação excessiva, por exemplo: feijão mal preparado, couve-flor e refrigerantes
Fadiga: sintoma ignorado, mas profundamente ligado ao intestino
A fadiga da endometriose não é apenas física — ela é celular e metabólica, assim ela pode ter relação com:
- Deficiência de ferro, B12 e magnésio
- Baixa produção de neurotransmissores
- Disbiose intestinal
- Estresse crônico e falta de sono restaurador
A nutrição clínica tem papel chave aqui, com o fim de ajustar a alimentação para dar energia real, sem sobrecarregar o corpo.
O caminho é individual
Não existe uma única dieta anti-inflamatória para endometriose — existe o seu corpo, sua fase, seus exames e sua história, portanto, o que funciona é um plano que respeita tudo isso com lógica clínica e escuta real.
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